Bem Vindos!

Algo que não se Esquece

"O Amor conquistado As Batalhas vencidas A tristeza perdida

O começo,

Algoque não se esquece

"Lamentar um dor passada no presente, é criar outra dor e sofrer novamente"

Por onde havemos de começar? Talvez ja com aquele sentido de que já tivéssemos um relacionamento de tempos passados. A nossa ansiedade e a expectativa do primeiro encontro, do conhecer , tão almejado nas nossas insônias, naquele dorme, acorda, imagina e sonha… O nosso primeiro olhar, coração acelerado, e as interrogações de cada um…, olhos que se procuram em busca dos mesmos objetivos e da esperada reciprocidade. Simplesmente foi maravilhoso, as nossas descobertas, o teu carinho, tua ternura, os teus doces beijos, repletos de saudades e desejos, as nossas bocas que se procuram em ânsia louca de saciar os momentos de saudades. Os nossos sorrisos que transmitem os anseios e o complemento de cada um, as nossas mãos que teimosamente se procuram em busca do calor e da amizade. A partir daqui, tudo começou!

"Rende-te, como eu me rendi. Mergulha no que tu não conheces. Não te preocupes em entender, um dia terás o teu tempo."

... Ruben Brito

Devias ter lido




Esta é a carta que eu nunca te escrevi. É a carta que nunca te enviei. É a carta que nunca vais ler, mas mesmo assim eu vou escrevê-la. Escrevo o que nunca te disse e o que nunca vais ouvir. Escrevo-te aquilo que está preso dentro de mim, aquilo que me sufoca, aquilo que preciso de libertar. Escrevo-te porque não tenho coragem de olhar-te nos olhos, a minha cobardia é grande demais para te enfrentar. Por isso, escrevo esta carta que nunca vai chegar às tuas mãos, que nunca vais receber e que nunca vais ler.Sabes, eu nunca te contei, mas eu também chorei sentado na minha cama a ver a tua imagem na minha mente. Sofro de insónias que me levam de volta no tempo, aquele tempo só nosso onde tudo parecia para sempre. Não és só tu que estás a sofrer, não é só na tua cara que as lágrimas escorrem, não é só na tua cabeça que o passado insiste em permanecer. Eu também estou aqui, estou deste lado a sentir o que estás a sentir. Tu és o desiludida e eu sou a desilusão em pessoa.

És a porta do meu passado que ainda continua aberta. És parte de mim que eu não consigo esquecer e a verdade é que há sempre algo para me fazer lembrar de ti. Por mais que queira, por mais que tente, tu não me sais da mente. Não sabes o quanto isso é doloroso e como é tentador querer voltar ao passado. Entrar nesse mundo que já não nos pertence, onde apenas permanecem os fantasmas da nossa memória.

Ainda revivo as lembranças na minha cabeça. Ainda penso em ti como sempre pensei e vendo as tuas fotografias os meus olhos inundam-se de lágrimas. Gotas cheias de saudade, que escorrem na minha cara. Eu sei que o que me resta é esquecer-te, não tenho outra opção. Mas a verdade é que eu queria que estivesses aqui comigo… Sinto falta dos teus braços entrelaçados no meu corpo, da tua mão fria a acariciar o meu rosto, da tua voz baixinha no meu ouvido.

Tantas vezes pensei em escrever-te, contar-te o que sinto, mas acabei por desistir, pois não me queres ouvir. Simplesmente não queres saber do meu arrependimento, não queres saber o que estou a sentir…

Caramba! Só eu sei as saudades que tenho tido tuas! A falta que me fazes é insuportável! Não ter o teu perdão é matar-me aos poucos, é uma morte lenta e dolorosa. Só eu sei as noites que passo acorda a chorar, porque as lembranças não me deixam adormecer. Só eu sei o quanto dói gostar de ti, o quanto me magoa não te ter aqui, o quanto está a ser difícil esquecer-te… Porém, isso tu nunca vais saber, pois esta é a carta que eu nunca te escrevi, carta que devias ter lido.

O que o medo faz de nós?



O quanto é bom voltar a respirar . Hoje com o tempo passado, volto a estar aqui, pronto para exprimir tudo o que vai cá dentro, tudo aquilo que o coração quer escrever.
Quantas vezes já perguntas-te a ti mesmo como estaria a tua vida se tu nao tivesses tomado a decisão certa? Quantas vezes já perguntas-te a ti mesmo como tudo estaria agora se tu nao tivesses agido daquela maneira?
Cada um tem uma maneira de ser, mas acho que, no fundo, todos agimos sempre com algum medo do que quer que seja.
Pode ser medo de arriscar com alguma pessoa, medo de magoar outras pessoas, medo de nos magoarmos a nos mesmos, medo da desilusão...Mas penso que todos nos ja tivemos momentos desses.

Se nao tivesse medo, como seria hoje? Seria igual? Seria diferente?
Independentemente de gostar do meu eu, da maneira de lidar com as pessoas, da maneira de fazer tudo. Porque mesmo ter a maioria das minhas decisões com medo, são as minhas decisões que fazem parte daquilo que eu sou e daquilo que eu batalho diariamente para ser.

Para cada queda é uma lição, cada queda é uma forma de te fazer crescer e de te fazer aprender que nao podemos ficar presos ao quer que seja, porque a vida, como diria o "outro", sao dois dias e, quando tu dás por ti, já estas a meio do primeiro.
O que quero dizer é que, não digo para apagarem o medo de voces, mas sim para aprender a fazer as coisas por nos mesmos e por mais ninguém. E se tiverem medo, vão com medo.
Por isso, deixa te ir e aprende que o medo vai estar sempre a espreita para te derrubar por más decisões que tu possas vir a ter, por isso faz aquilo que queres quando te der na cabeça, não esperes a hora certa porque depois pode ser tarde demais e já nao vais ter tempo para concertar as coisas. E acima de tudo, faz as coisas por ti porque és tu quem merece o teu melhor.

Desabafo: Parte II

Enfrentamos situações em que algum momento da nossa vida, que se pudéssemos jamais o viveríamos. Quem nunca sentiu uma dor imensa e o coração dilacerado ao ouvir em certo tipo de momentos " já nao te amo mais", "já nao quero mais", " já chega!". É nestes instantes que o nosso mudo desaba, perdemos o interesse em tudo, trabalho, amigos, família, de nós mesmos. Pensamos que nunca nos vamos reerguer e seguir em frente, mas penso que a realidade seja bastante diferente disso.
Nunca se sentiram assim? Eu já, algumas vezes, infelizmente quase que me destruiu. São momentos de desolação e de dor, sempre pensei que deveria enfrentar a situação como uma oportunidade de aprender, de me conhecer, me me tornar uma melhor pessoa a viver sozinho estas situações. Achei que podia seguir em frente, que guardaria os melhores momentos e tudo o que fosse de mau, os deixaria para trás sem rancor nem ódio. Mas lá está as vezes não é bem assim, nem tudo sai da nossa cabeça, todos os dias temos aquelas memorias que nós queremos apagar, mas por vezes as são tão intensas que acabamos por as deixar estar e deixamos que elas façam parte da nossa vida.
Mas hoje vou seguir em frente, pensar que a vida me reserva momentos maravilhosos, que tenho muitas experiências para viver, e que tudo o que ficou para trás apesar de lindo e maravilhoso foi apenas mais uma pagina virada e que os melhores sonhos ainda estão para vir.

Desabafo : Parte I


As vezes fico a pensar nos erros que cometi. Na crueldade que ofereci ao amor da minha vida. Tu. Ninguém merece sofrer, ninguém merece passar pela a dor. Ninguém. Muito menos tu.
Mas acontece que neste momento nao consigo sorrir novamente, perdi a vontade em estar aqui, nao tive a oportunidade de te pedir desculpa pelos meus erros, pela palavra desculpa, nao consegui ver que estavas mal e fui impotente a essa preocupação. 
É tão difícil sabes? Saber que nao tenho o teu beijo, o teu toque, o teu abraço para me confortar. Ter consciência que te perdi, passou a ser um deslize inocente da minha parte em que apenas queria ter o perdão da tua parte.
Preciso de deitar a minha cabeça sobre o vento. Preciso de deixar ir, tudo aquilo que ainda resta.
Sei que o que passamos pode nao ter grande importância, ou talvez apague mesmo as coisas más que já tiveste no passado. Sei que nunca vou ter oportunidade de te olhar de novo, não porque eu não quero, apenas porque os teus olhos não brilham mais quando veem os meus, o teu corpo já não treme quando pensa em mim, o teu coração já não bate com tanta força quando ouve o meu nome.
Enfim! É apenas mais um desabafo. Desabafo esse, que deixa de fazer sentido, dia após dia e logo eu que não queria que isto fosse assim. Eu não queria. Apenas não queria. Porque de nós os dois, ninguém vai saber de tudo, nem mesmo nós.


Quero que



Não quero alguém que morra de amor por mim. Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim. Não exijo que esse alguém me ame como eu amo, quero apenas que me ame não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim… Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante para mim é saber que eu, em algum momento,fui insubstituível… E que esse momento será inesquecível…Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando no meu rosto, mesmo quando a situação não for a mais alegre… E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor sintam o meu a minha vontade de estar na vida. Quero poder fechar os meus olhos e imaginar alguém… e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que e nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo…Não quero ter nenhuma guerra com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe… Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas… Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquilhá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ela é especial e importante para mim, sem ter de me preocupar com terceiros… Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão, que o amor existe e que eu sempre dei o melhor de mim e que valeu a pena...

Pensamentos: PARTE III (ultimo)



Paro por segundos e analiso toda a minha vida, comparo como o mundo ao meu redor fosse uma desarrumação enorme que precisava de uma grande limpeza, como se tudo o que ficou para trás tivesse alguma culpa, como se toda essa gente que passou por aqui se importasse com a minha vida. E o pior é que eu acho sempre que tenho razão nas coisas, que penso nas coisas que falo. Porque na minha opinião, quando algo faz sentido há uma explicação por trás de uma razão apresentada. Eu tentava sempre encontrar uma solução no meio disso tudo, mas achava que não tinha como encontrar todas as respostas sozinho, mas enganei-me. Cheguei a achar que todas essas coisas eram injustas, vazias e cheias de versões e inversões.

Uma tal raiva aparente que me pegava totalmente desprevenido e sóbrio, que me deixava tonto e perdido. Às vezes eu chegava a ser agressivo, um pouco irônico um tanto rude e frio, mas por dentro era totalmente delicado e despreparado para todas as situações que ocorriam na minha vida. Estava farto daquelas coisas que as pessoas não dão valor e ficam escondidas por trás de uma armadura que dificilmente conseguem sair . Na minha mente eu não conseguia entender o que verdadeiramente eu andava a procura, o que realmente as pessoas queriam de mim. Acabei por descobrir que a falta de algumas delas eram a liberdade que tanto sonhava.

De outras coisas eu ainda me pergunto o porquê de tanta insensibilidade. Tentei encontrar mil desculpas para o comportamento imbecil das pessoas que eu amava. Foi então que resolvi encarar a realidade e me livrar de tudo que não me fazia bem. E percebi que arrancaram o melhor de mim e devolveram-me doses exageradas de dor, raiva e todos os despredicios que não lhes faziam falta. Sentia-me abandonado, mas isso fez-me descobrir que tudo na vida não vale a pena se não desfrutarmos da nossa própria companhia. Sem querer aprendi as vantagens de ser só e nisso temos que ser apenas nós e deixar os outros serem os outros.

Pensamentos: PARTE II


A nossa qualidade de vida depende muito de como estamos nela e de como a conseguimos ver. Nuns momentos é de uma forma, noutros é de outra, há dias mais felizes e dias menos, há fases e fases, há momentos. A vida é uma linha recta que quando se começa não há forma de dar a volta e voltar atrás, mas há certamente forma de lhe dar a volta e seguir em frente. Não é a toa que se diz que só damos valor às coisas quando as perdemos. A vida geralmente dá-nos uma segunda hipótese na sua sequência. Este momento chega quando nos confrontamos com a dor, seja ela de que maneira for. É aqui que percebemos finalmente o quão importante ela é, e tudo o que ela nos pode dar. Numa primeira fase o mundo cai-nos em cima, mas a seguir à tempestade vem a Bonança.

Deixamos finalmente de dar importância a coisas que anteriormente seria impensável, passamos a ser muito mais selectivos nas nossas escolhas e companhias, não compramos guerras, damos muito mais atenção à beleza que nos rodeia, passamos a contar mais connosco próprios. Finalmente faz-se luz e voltamos a nascer. 
É claro que tudo se intensifica, os sentidos ficam à espreita, os instintos amadurecem, os sentimentos ficam à flor da pele, as emoções são mais fortes, o choro fica fácil e as gargalhadas soltam-se aos sete ventos. Os medos antigos atenuam-se, as palavras saem com outra sabedoria, os pensamentos fluem noutras direcções. Mas nem tudo são rosas, os picos existem, os medos são outros, a facilidade de lidar com eles é que muda.

Nao precisas de voltar



Eu nunca fui daqueles que espera por alguém quando alguém decide ir sem dizer se vai voltar. Provavelmente se tu fores eu não ficarei à tua espera até à próxima estação. Eu não tenho paciência para esperar na fila do banco, para aguardar na paragem de autocarro, nem para esperar a noite passar se a conversa não me agradar. Não gosto de regar e alimentar as minhas expectativas, muito menos criá-las em alguém. Não sou desses que sai por aí a tentar encontrar o tal equilíbrio imediato depois de um ponto final. Se tu fores, eu não me vou equilibrar direito. Talvez eu não consiga dormir por algumas noites, talvez tu ocupes os meus sonhos e interrompas o meu sono por alguns dias. Talvez algum amigo pergunte por ti e eu fique sem chão para dizer. Talvez, quando a noite chegar, eu sinta vontade de te ligar, depois de ter passado toda a tarde a pensar porque diabos tu decidiste partir. Talvez eu pare por aí, em algum lugar desses em que as pessoas costumam estacionar para reconhecer os erros, ou encontrar possíveis acertos e retratar a vida. Ou talvez eu pare por aqui mesmo, dentro de mim, e tente encontrar-te loucamente. Tente puxar-te daqui de dentro e dizer-te: Caralho, olha o que tu fizeste!

Talvez eu sinta uma vontade absurda de gritar por ti, volta, volta, mas não, talvez seja melhor não voltares. Talvez eu olhe para algum canto da casa e repare como tu fazias tanto sentido ali, como colorias o meu peito e como decoravas bem a minha vida. Talvez eu vasculhe as mensagens no telemóvel e aí eu me lembre que tu me esqueceste. Não existe nenhuma mensagem tua. Nem de boa noite, nem sequer um não volto mais. Talvez eu ganhe coragem para falar contigo no facebook depois de ter passado horas a olhar para o horário em que tu visualizaste a última mensagem e escreva qualquer besteira, qualquer coisa mesmo que não tem nada a ver contigo, e só então, te peça desculpas por tudo. Talvez eu acesse o teu perfil no Facebook, leia as tuas últimas publicações e confira se tu apagaste aquela nossa foto a fazer biquinho. Talvez eu sinta uma saudade absurda de ti. Não uma saudade de te encontrar, uma saudade de quando a gente não tem mais aquilo que a gente tinha. Talvez, depois de ver o trailer da continuação daquele filme que nós vimos juntos, em que tu derrubaste uma Coca-Cola em cima de mim, eu encontre um propósito para esperar tu voltares antes da estreia.Se tu fores, mesmo que os meus amigos me convidem para sair e aproveitar o final de semana, talvez eu não consiga encontrar muito sentido. Talvez eu beije alguém entre o escuro da discoteca e as luzes néon, e até troque telefones, conversas no ouvido e, por um momento, talvez, a gente se entenda, mas aquela pessoa não serás tu e então eu voltarei para o momento em que tropeço em ti e acordo meio atordoado no outro dia, à tua procura e a tentar entender porque é que as tuas coisas não estão mais aqui, e porque é que eu sinto que tu foges de mim mesmo quando ainda tento amenizar a tua ausência com outra pessoa. Talvez eu nunca entenda porque é que tu escolheste sair assim, sem cortesia, sem despedida. 

Talvez eu sinta o teu perfume por pelo menos três vezes em diferentes lugares e converse em silêncio comigo para entender se tu me segues, ou se os meus sentidos se enroscaram desde quando tu bateste a porta pela última vez. Talvez eu me lembre de ti em qualquer objeto que tocar, sem exageros, pode ser um travesseiro, o tapete vermelho na porta de entrada, as chaves de casa, ou em qualquer lugar que eu visitar, pode ser no Porto ou em Lisboa. Talvez eu nunca te esqueça, mas foda-se Eu vou ficar bem.Eu abro sempre mão do que está a ir embora. Se tu escolheste ir, é melhor correres para agilizares o processo da saudade, para acelerares as lembranças e aliviares a dor que vai vir mas que vai virar passado um dia. Talvez eu me lembre do dia em que fizemos aquele almoço quando decidimos comemorar o nosso aniversário em casa. Não por falta de dinheiro, mas sim por excesso de vontade de estamos só nós, sem empregado de mesa ou gente ao lado para aturarmos. Talvez eu me lembre do dia em que tu me trouxeste remédio à cama só porque eu estava com uma dorzinha de cabeça. Talvez eu lembre do dia que tu gravaste um vídeo no teu telemóvel quando eu dormia de boca aberta. Então vai com pressa e não voltes, nem olhes para trás. As pessoas costumam voltar para estragar ainda mais o que ficou quando não conseguem seguir viagem. Não voltes, não. Segue a tua viagem que eu revejo o meu destino para ninguém se odiar depois.

Pensamentos PARTE: I


Nem tudo o que somos por vezes é aquilo que gostávamos de ser, o facto de na nossa vida existir mudanças derivadas e infinitos acontecimentos que acabam sempre por mudar a nossa maneira de pensar, de agir, de até mesmo estar perante o mundo, que de certa forma se torna irreal para nós.

Na realidade somos apenas seres que sofrem por atitudes de outros, que estão sempre em constante mudança e que implica uma maneira de viver completamente diferente aquela que o rumo se tinha proposto a seguir.O ideal não é ‘se por no lugar daquela pessoa’, e sim pensar nas atitudes que ela iria tomar se estivesse no teu lugar. Não é porque nós se apontarmos uma arma à cabeça de alguém, que essa pessoa não apontaria uma para nós. Apenas devemos nos por no lugar da outra pessoa, antes de pensar , antes de agir, mas no fundo sei que isto é complicado fazer, pois existe maneiras de pensar, maneiras de agir, os chamados "feitios", que não permitem ter este tipo de pensamento.

As pessoas são feitas e admiradas pelos seus actos, palavras e atitudes... Sejam quem for, acho que devemos respeitar para ser respeitado e devemos sempre agradecer quando encontramos alguém que podemos dizer "eu confio em ti" . Devemos amar, sermos amados.Enfim devemos dar valor as pequenas coisas que fazem do seu presente ou fizeram seu passado os dias mais felizes da sua vida. Devemos dar valor nem que seja por um dia.
Mas as vezes penso e se estes momentos já passaram?

Não nos devemos esquecer que tem volta, mas quando a magoa, a dor, a revolta é enorme só uma parte de nós perdoa o resto fica fechado e trancado para que nada nem ninguém consiga lá tocar. No fundo temos que saber onde erramos, devemos sempre ter a capacidade de perdoar, mas não esquecer, pois é através destes momentos que aprendemos a viver, aprendemos mais uma lição de vida e de certeza que para o futuro nada se vai repetir.

Acredito que o nosso futuro está apenas nas nossas mãos. Falem menos, tenta aprender mais, sejas tu ou não, seja influenciado por valores. Mas não devemos esquecer de valorizar as pessoas que nos são importantes, que sempre estiveram ao teu lado, que fizeram parte da sua vida.

Mas a vida é mesmo assim, cheia de medos e atitudes menos pensadas, erros e mistura de dor, raiva, por vezes saudade, é algo que não podemos controlar, porque a vida é uma lição, algo que nós ensina diariamente e que ainda temos muito para aprender.


Não quero...quero que...



Tu és o motivo do meu sorriso, o motivo do brilho nos meus olhos. Tu és a razão pela qual não me faz desistir, faz-me querer continuar a tentar, sempre. O ver-te sorrir dá-me forças para quebrar todos os obstáculos, ultrapassar todas as barreiras, dá-me coragem de ultrapassar tudo e todos. É por ti que luto, é por ti que eu venço. 
Todos os meus sonhos falam de ti .
Se eu falo de amor, eu falo do nosso amor. Se eu falo de paixão, eu falo da nossa paixão. Se eu falo de coisas boas, eu falo de ti. É quase impossível não falar de ti. Continuas a gostar de mim, a cuidar de mim, a olhar por mim. Por isso, tenho essa necessidade de estar sempre a dizer o quanto eu gosto de ti e quero o teu bem. 
Não quero ser como estrela cadente, que tem o seu brilho, mas depois apaga-se. Eu quero ser brilho e deixar-te brilhar. Quero ser aquele que vai marcar a tua vida, que vai te mostrar o viver. Quero ser presente e ensina-te o amar! Não quero ser paisagem, foto, lembrança de uma vida a dois… Nunca serei passado. Eu sou, seu agora, o seu para sempre… Eu sou aquele que te faz voar mesmo quando estas com os pés no chão… Sou o teu despertar… Sou o sol que te ilumina e te aquece… Nunca serei amor impossível, por que não conheço essa palavra, jamais eu desisto do que amo! Eu sou as tuas quatro estações… Sou o seu ano, sua vida, seu tudo… Não me encaixo de outra forma. Eu não vou ser mais um, serei aquele que vai ser o teu motivo de prosseguir. O meu amor pode tudo, na verdade juntos podemos tudo… Somos a força que cada um precisa para continuar. Eu nunca vou ser de outra forma, sou teu amigo, companheiro, amante… Homem. Não desisto, não te abandono… Nunca vou te deixar. O que sinto é amor, e quero que contigo seja para sempre.

No presente


Existe apenas uma idade para sermos felizes, apenas uma época da vida de cada pessoa em que é possível sonhar, fazer planos e ter energia suficiente para os realizar apesar de todas as dificuldades e todos os obstáculos. Uma só idade para nos encantarmos com a vida para vivermos apaixonadamente e aproveitarmos tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que podemos criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança, vestirmos-nos de todas as cores, experimentar todos os sabores e entregarmos-nos a todos os amores sem preconceitos nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que toda a disposição de tentar algo de novo e de novo quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na nossa vida chama-se presente e tem a duração do instante que passa, por isso vamos os dois, vamos seguir em frente, vamos onde nunca ninguém nos levou.

Será uma vida de batalha


Eu sei que sou uma pessoa intensa. Tudo é enorme, cheio, lindo ou pequeno e muito feio.
Eu sei! Sufoco de tanto gostar e sufoco quem tanto gosto.
Corro. Tenho pressa de dar e tenho pressa de chegar e, Também corro porque tenho pressa de ter e tenho pressa de ser, Mas corro, essencialmente porque tenho pressa de amar e ser amado.
Dou o que nunca deveria dar e exijo o não exigível Mas é o que me faz sentido.
Entrega, é entrega total. É um tudo ou nada! Saudável? Percebo que não!
Quem dá envolve-se, cuida, protege, baixa a cabeça, cede, fica pequeno e frágil, submete-se.
Por isso quem dá espera, quem dá exige e, muitas vezes em silêncio. Quem recebe raramente devolve. Quem recebe, incha, acha-se grande, superior.
Assim, e como qualquer outro animal, quem é pequeno e frágil, é vulnerável e passível de ser atacado, quem é forte e grande, por principio, ataca.
Não são precisas grandes armas, as palavras  ou a falta delas são, por vezes, as mais incisivas, agressivas e poderosas. Mas quantas vezes não são posicionamentos, olhares, meras marcações de espaço ou o tão famoso à vontadinha. Existe também o desprezo, a indiferença... coisas que não são coisa nenhuma mas que ferem de morte.
É só no momento do ataque que se toma consciência que convém levantar alguns escudos e... lá se vai a espontaneidade, a naturalidade o saudável, o bom, o bonito, o melhor, aquela cena do “quem gosta dá”.
Começa lentamente o esforço de levar às costas o outro lado do que que se deu. O que era ar vira aos poucos chumbo.
Curto e grosso e sem qualquer emotividade à mistura, falamos de dominância. 
Quem domina, sobrevive.
São instintos básicos de sobrevivência, acordar, correr, atacar e defender.
Teremos que viver com isso, nos proteger com isso.
Será uma vida de batalha, uma vida de luta.

Alguem



Eu procurava alguém que não tivesse raiva dos meus escândalos, mas que sentisse medo quando eu estivesse em silêncio, procurava aquele alguém que colocasse bilhetinhos no meu livro, a fim de eu encontrar horas depois e sorrir ao ler. Alguém que não abandonasse a conversa quando eu enfim admitisse que não sabia mais o que dizer. Um alguém que não odiasse minhas ironias a ponto de me deixar, que as escutasse e por mais magoado que ficasse, esperasse o melhor momento para tirar as palavras a limpo. Aquele alguém que conseguisse me observar por horas se notasse que estou distraída e que conseguisse sorrir ao lembrar de algo romântico que eu tenha dito. Alguém que me chamasse pra deitar sem malicia nenhuma, ou com toda malicia do mundo. Que respeitasse meus maus momentos, meu tempo e meu espaço, mas que o soubesse invadir quando necessário. Que depois de horas de carinho chamasse me pra dormir, ou que esperasse dormir afim de observar o meu silênico e sentir minha respiração quase imperceptível. Eu procurava aquele alguém que despertasse em mim o que estava adormecido, que me acordasse de manhã com beijos, carinhos e que me prendesse na cama caso eu quisesse sair. Que me amasse sem se importar com que os outros pensariam de nós. Que me amasse sem exceções, sem restrições, com todos os meus defeitos, que cuidasse de mim e dos meus problemas com toda atenção do mundo. Que me olhasse com tamanha sinceridade que os seu sentimentos fossem capaz de ultrapassar o olhar e se fixar no coração. Amar-me de um jeito que nenhuma outra pessoa fosse capaz de me amar.

Rumos



Muitas vezes precisamos de nos desgarrar de certos valores, desapegarmos do comodismo e seguir em frente, esquecendo os medos e seguir em frente, ficar a espera que as coisas mudem e deixar passar as oportunidades é pura idiotice.
As oportunidades podem e devem ser alcançadas. Sair da zona de conforto pode parecer impossível. Para obter êxito é necessário apenas extinguir o medo de errar, de tentar, sem que seja preciso cair, se desvalorizar. Há momentos na vida que devemos fazer escolhas, tomar decisões importantes para a nossa evolução. Para que isso ocorra precisamos de nos desapegar de sentimentalismos e, uma vez na vida, tomar decisões apenas utilizando a razão. É preciso fazer justiça, sentir o próprio valor independente dos outros o qual somente nós mesmos é que poderemos reconhecer.

O ser humano tem um potencial fantástico para adaptar-se a diversas situações, pode viver no deserto e nas geleiras do árctico, pode escalar montanhas e até chegar a lua. Se a humanidade não acreditar em si mesma, quem vai acreditar? Se todos acharem que tudo está acabado, que tudo não tem mais por onde se pegar, onde ficará a esperança? Precisamos mudar sempre seja qual forem às situações impostas pela vida. Uns tem que lutar contra doenças graves, outros contra problemas na família e principalmente contra os maiores desafio: enfrentar a nos mesmos, encarar nossos defeitos, a nossa consciência de que somos e o infinito a qual podemos chegar.

Tomar novos rumos é uma decisão importante, é uma dádiva para aqueles que reconhecem o valor da oportunidade e que agarram com unhas e dentes. A nossa intuição não deve jamais ser ignorada e sim lapidada a cada nova experiência, a cada nova situação que a vida nos oferece.
É preciso seguir, acreditar que as coisas sempre mudam e sempre vão mudar independente da nossa vontade, basta acreditar seguir nossa jornada, sem culpas, medos ou ressentimentos, uma vez na vida precisamos pensar em nós mesmos! Temos que ser nós e deixar os outros serem os outros..

De ti para mim



Gosto tanto de ti. Gosto tanto dessa tua maneira de ser singular. Gosto do sorriso que impões ao mundo e da delicadeza com que acordas de manhã. Gosto do pijama que não tens e das vezes que me roubas as batatas fritas do prato. Gosto de ti assim.  Simples. Sem traços inventados. Não mudaria nada na pessoa macabramente maravilhosa que te tornaste. Gosto tanto de ti. Gosto do teu sexto sentido e dos dilemas que descomplicas frequentemente. Gosto da tua roupa fora de moda e das tuas sapatilhas com marcas de uso. Gosto de sentir as tuas mãos nas minhas e os teus braços a rodear-me o corpo. Gosto tanto de ti.  Gosto tanto da tua forma sincera que usas para dizer que sou tua. Das promessas que no depender de ti não serão quebradas.  Do cheiro que deixas no meu quarto. Gosto mesmo do sabor desta coisa que chamam AMOR.

Ser fraco por um dia


Sim é verdade, nós homens também choramos, afinal de tudo somos humanos. Por vezes mais fracos do que aquilo que parecemos, mas nem tudo é controlável. 
Deixamos andar, deixamos que a dor chegue ao limite para nós queixarmos, para sair da boca aquele grito de sofrimento, deixamos tudo de lado e apenas ficamos naquele cantinho que é nosso e deixamos que as coisas aconteçam a nossa maneira. Deixamos a magoa, a angustia, a revolta se soltar. Por vezes queria ser diferente, não ser assim tão fraco e aguentar-me um pouco de mais tempo, mas torna-se impossível sabendo da maneira que sou.
Penso sempre que a vida é uma passagem, mas somos tão frágeis que acabamos por não fazer aquilo que estava planeado, alias nunca conseguimos cumprir todos os sonhos em mente e por diversos motivos não seguimos o que está linheado. Isto por vários factores, e neste momento senti que isso cada vez é mais real.
Eu sei que talvez um dia isto tudo mude, mas também eu tenho que mudar. Gostava de ser diferente nas minhas atitudes, não me encostar a uma parede e simplesmente ficar lá a espera que as coisas mudem. Gostava de agir, e agir rápido, para que as coisas mudassem. Mas desculpa se não o consigo, sou imperfeito, não consigo lidar com isto tudo e então prefiro que o tempo cure tudo isto.

Há alturas da nossa vida em que já não é tanto a nossa dor que dói mas sim a dor  de ver a dor daqueles que gostamos.  Dói não a conseguir apaziguar, dói não a saber aquietar, dói não poder fazer nada, mas as vezes também doí não termos a nossa importância por parte das outras pessoas. Nunca se sentiram frágeis com isso? Enfim estamos o pouco afastados do valor que nos deveria ser dado.

Olho para mim e sinto que perdi a coragem de estar aqui, parece que a minha vida deixou de se encaixar nas palavras. Os pensamentos ficaram presos, os sonhos suspensos.
Talvez um dia, quem sabe amanha, as letras não se juntem novamente e se soltem claras, transparentes e puras como já foram. Talvez apareçam assim do nada, sem que me aperceba.
Vou ficar á espera que passe, pois há dias em que me apetecia ser invisível sem o ser, fugir e ser agarrado, perder-me e ser encontrado!
Mas há dias em que só ser, não chega.

Eu dou, tu das, eu sou, tu és



Não há gostar nem meio gostar, é tudo uma questão de jogo. Um jogo complicado que aumenta a adrenalina e mexe com os egos.
Um jogo de quem precisa, porque sim, sentir-se vivo.
A vida é assim.
São energias que se têm de libertar, são químicas que nos agitam, são vontades que surgem do nada e do nada se erguem e crescem. Quando as alimentamos, viciam. Pede-se mais e mais, deixando-nos vulneráveis e frágeis.

Tudo tem um inicio. Quem colhe come, quem é colhido é comido. Não sei se isto tem alguma lógica, o facto é que o fruto tem de ser colhido e ou é comido ou apodrece. E quem vai escolher escolhe o que está maduro, o que está bonito ou o que lhe está mais a mão.
É uma visão um tanto ou quanto perturbadora, fria e  e talvez um bocado injusta mas não deixa de a ser.

De vez em quando existe uma visão sonhadora, poética, sentimental, lamechas como a iteração borboleta/flor. Simbioses perfeitas, em que cada um dá o que tem de melhor ao outro, ficando os dois intactos e felizes. Eu dou, tu das, eu sou, tu és. Ambos sabem o que esperar, vivem para esse momento e por esse momento.
Apenas deixamos ir, assim como eu deixo que vá..

O lado negro



Eu nunca havia parado para pensar em como seria o fim. Mas por vários motivos, milhares de vezes tentei apressar esse tão temido final. Eu cresci pensando ser errado, para todos. Lugar nenhum é meu lugar. Sempre deslocado e afastado do resto do mundo. Eu via o mundo ao meu redor com um confusão nos olhos. Nunca fui bom em desvendar sentimentos, mas fui óptimo em esconder os meus. Muita gente perguntará porque, mas a grande maioria não dará a mínima. Porque? Bom, eu cansei-me. Eu já estava morto antes, por dentro. O meu coração estava a bater quase que por obrigação. Os meus olhos estavam constantemente inchados e a arder. Era rotina chorar. Eu parava pra pensar em tudo, quase todas as noites. Havia uma voz dentro de mim que me impediu durante muito tempo de acabar com tudo. Mutilação nunca esteve nos meus planos, mas, eu nunca fui de seguir regras. O que me levou a fazer isso? Eu não sei. Inimizades, problemas, amor. São tantos os motivos que não sei o que deflagrou a acção. Mutilação não me parecia o suficiente.Do que adiantaria livrar-me da dor que havia no meu coração temporariamente? Ela voltava depois. O fim dói, mas é o fim. A última dor. Respirar não faz sentido, mas viver muito menos.



(Por vezes precisamos de passar por esses momentos, 
para saber o que os outros sentem...)

Duas vidas



Eu tenho de facto duas vidas.
A nossa vida vivida, é tão simples! É a que é e, nada mais.A nossa vida pensada, dá-nos a sensação de que o mundo é todo nosso, cria-nos um sentimento de insatisfação e muita pressa de viver.
É uma vida muito mais delicada. Nela cabem todos os nossos sonhos sonhados, o que somos, o que não somos, o que gostaríamos de ser e todo um sem número de pensamentos, desejos e quereres.
Ao contrário do mundo vivido, é um mundo grande, cheio, vivo, imbuído de esperança e de ilusões. Dá-nos coisas que não conhecemos, ensina-nos tudo o que não sabemos e alimenta a nossa outra vida. 
Chegamos a ter certezas e sentimentos sobre tantas coisas que não vivemos…
Pensamos muitas vezes e ficamos a espera que isso se cumpra. E porque não somos por iniciativa própria a lutar por isso. É mais fácil que caia nas mãos não é? Pois eu também sinto isso, mas é dessa maneira que o outro lado da vida nunca se realiza, pois é esse que nós pensamos que um dia irá acontecer.
Mas confesso que as vezes fecho o olhos, respiro fundo, e sinto as coisas a mudar. Eu sei que não estão a mudar mas a força e a vontade é tanta que sinto o tempo a passar.
São apenas desabafos de um homem de duas vidas, aquela que se vive e aquela que se poderia ter vivido.

Nada importa



As coisas quando têm de acontecer, acontecem e ele há coisas que eu tenho a certeza que vão acontecer na minha vida!
Parando para pensar, até é um bocado estranho, estar a dizer isto assim. 
Como ter a certeza se a vida é uma incerteza?
O facto é que sinto, vem de dentro, não sei dia nem hora, não sei onde, nem sei tão pouco se será nesta vida. Mas sinto, não tem explicação! É como o nascer do Sol em cada dia é como as fases da Lua em cada ciclo. Acontecem, sabemos que estão lá. 
A calma é aquela de quem sabe que a coisa é certa. 
A espera não agonia! Mas o coração manifesta-se e bate a cada passo. 
"Talvez eu não chore, mas doí. Talvez eu não diga, mas eu sinto. Talvez eu não mostre, mas me importo." 

O acreditar



Olho para mim e sinto que perdi a coragem de estar aqui, parece que a minha vida deixou de se encaixar nas palavras. Os pensamentos ficaram presos, os sonhos suspensos.Talvez um dia, quem sabe amanha, as letras não se juntem novamente e se soltem claras, transparentes e puras como já foram. Talvez apareçam assim do nada, sem que me aperceba. A nossa vida vivida, é tão simples!É a que é e, nada mais.A nossa vida pensada, dá-nos a sensação de que o mundo é todo nosso, cria-nos um sentimento de insatisfação e muita pressa de viver.É uma vida muito mais delicada. Nela cabem todos os nossos sonhos sonhados, o que somos, o que não somos, o que gostaríamos de ser e todo um sem número de pensamentos, desejos e quereres.Ao contrário do mundo vivido, é um mundo grande, cheio, vivo, imbuído de esperança e de ilusões. Dá-nos coisas que não conhecemos, ensina-nos tudo o que não sabemos e alimenta a nossa outra vida. Chegamos a ter certezas e sentimentos sobre tantas coisas que não vivemos…
Mas a vida é mesmo assim, ficam coisas por viver, coisas por dizer, coisas para sentir,... enfim... Ao fim de isto tudo, penso que tu é que tinhas razão quando dizia "vive, que por ti ninguém vai viver", tentarei o fazer e acredita que todas as coisas que me disseste eu irei cumprir, porque se tu acreditavas e acredito também. 




Em sonhos


Em sonho, tudo o que quero pertence-me. Tudo o que desejo é meu, tudo o que exijo, tenho. Tudo, mas tudo mesmo acontece como previsto e pode ser mudado a meu belo prazer, como peças de xadrez e de acordo com o jogo que é jogado no momento.Adoro sonhar! Adoro alimentar o sonho e sonhar mais alto.Pois bem, descobri que um sonho realizado é como um doce dentro de um recipiente de vidro difícil de abrir e que depois da primeira colherada se esborracha no chão, partindo-se em mil bocadinhos diferentes, deixando na boca um trago amargo do que foi experimentado e não teve tempo de ser saboreado. A digestão, essa fica difícil só de ver o que é bom ali aos nossos pés sem se conseguir aproveitar nadinha e, ainda, ter o trabalho acrescido de limpar os restos feios do que foi bonito e bom.
Diga-se a bem da verdade, que é um sentimento um tanto ou quanto estranho e frustrante. Mas há uma cerejinha no topo do bolo, a memória do que se provou. Bom! Muito bom! Mas o que foi já não é mais e o sonho antigo também já não volta.Assim, resta-nos a substituição por um outro sonho. Alias é imperativo e inevitável. É a unica forma de se conseguir ultrapassar a frustração do anterior.Que venham todos os sonhos do mundo, porque esses sim, não traem, não se estragam, não se vão embora, não viram as costas. Respondem, são previsíveis, confiáveis, saboreiam-se o tempo que se quiser, não caem, não se partem em mil pedacinhos.Neste momento deixei de saber se quero que os meus sonhos se realizem.

Aprendemos com coisas pequenas


É com as coisas pequenas que aprendemos as grandes.
É num beijo, num silêncio, num abraço, é num olhar e num sorriso, numa expressão, numa palavra, na cumplicidade, num gesto, num passo, num gosto de ti que aprendemos a amar.

E digo amar no verdadeiro sentido da palavra. Aprendemos a estar, a compreender, a respeitar, a olhar, a sentir, a cuidar…

São pequenos nadas da convivência que formam um todo. São com estes pequenos nadas que vamos aprendendo a encaixar-nos, são com estes pequenos nadas que vamos abrindo novos espaços dentro de nós.

Os pequenos gestos formam os alicerces dos grandes sentimentos.

Fracassado



E é assim, situações que nos fazem cair sem qualquer força para nos levantarmos. É injusto sabem, tudo aquilo que tentamos conquistar, com esforço, com tudo aquilo que temos, e no final ficamos sem saber o que fazer. Será que é tão complicado também olharem para o suor que cai de nos? É este suor que tem caído com tudo aquilo que tenho feito e me dedicado, de todo o esforço e dedicação pelas coisas que quero e sempre quis, mas não tem sido assim como eu quero.
O mundo não é só o por do sol ou um arco íris , é um lugar sujo e injusto.
Não importa o quanto forte és, porque a coisas que te vão deixar sempre de joelhos no chão sem forças para continuar.
Depois chega aquela parte em que apenas o que sentes é dor e angustia, que tudo o que queres nunca vais ter, mas sei que se desistir nunca saberei o que é conseguir, nunca saberei o que é ter tudo nas mãos e desfrutar delas.

Tenho medo de fracassar, tenho medo de não ganhar, tenho medo de tomar decisões, tenho medo de me voltar a levantar com medo de ser derrubado.
Desistir será para os fracos, mas acho que faço parte desse lote, tudo graças a decisões mal feitas, mal formadas, menos pensadas.

Só me resta tentar de novo, se não conseguir, tentarei de novo e de novo novamente.

Eu´s



A vida é feita de muitos eus.

Em cada esquina aparece um e ainda nos vestimos de outros tantos.

Hoje percebo cada um que aparece e cada um que visto. Até já acho graça e reconheço que faço por ter mais alguns. Já não estranho grande coisa, até estranhar! Claro está! Há sempre a possibilidade de aparecer o improvável.

Afirmo e reafirmo que temos tantos eus quantos nós quisermos. Um em cada situação, um para cada pessoa, um em cada minuto. Vou mais longe, conseguimos, até para nós próprios, ter eus completamente distintos.

Esta realidade não é linear para o comum dos mortais, até mesmo para quem achava que os eus diferentes existiam porque a aprendizagem nos faz diferentes a cada passo e, por isso o eu de hoje nunca poderia ser o eu de amanha. Mas eu arrisco a dizer que, para além desta aprendizagem existe o que gostaríamos ou não de ser, ter sido ou feito e invariavelmente pomos em nós um bocadinho disso, como se de condimentos se tratassem, o que nos torna diferentes a todo o momento. Quantas vezes me espanto com o que sou!

Outra verdade é que gostamos de nos esconder nos vários eus  e muitas vezes entre eles.

Sim, esconder. Sei deste jogo melhor do que ninguém. “Não basta ser é preciso parecer”. Mas eu sou de opinião de que nem sempre é preciso parecer, o ser, assim tão só, basta-me.

A partir daqui vem a loucura completa, a vida pode começar a cada segundo de uma forma diferente sendo o medo o único condicionalismo.

Não, ainda não enlouqueci, mas o meu eu louco anda ai.

Cabe a mim decidir entre rir e chorar


Lições de vida são o que a vida nos dá todos os dias. A aprendizagem é constante e mesmo quando achamos que já sabemos muito e que a cadência vai diminuindo, lá vem outra e mais outra e mais outra!

Não diminui coisa nenhuma.

Esta foi a última que aprendi: Mesmo na tristeza, na dor, no sofrimento, na saudade podemos rir e lutar, basta que seja essa a nossa decisão. 

Vontade? Essa... Essa nem sempre existe, é sempre mais fácil ficar encostados no chove e não molha ou usar muletas. É fácil ter pena de nós, viver na ilusão, fantasiar, alimentarmos a imaginação, é fácil arranjar desculpas para adiar decisões, iludir-nos com falsas felicidades, fingir que está tudo bem quando sabemos de antemão que tudo não passa do que queremos ver, do que queremos tanto sentir ou experimentar. Arranjamos mil desculpas, mil indecisões, mil inseguranças, mil incertezas, mil desconfianças. Desconfio que... E arrisco mesmo dizer, que são pedidos de consentimento para as nossas não decisões, verdadeiras chamadas de atenção. Quais pedidos de socorro ou sinais de fumo.

É como tentar dividir uma coisa que não é divisível. Pedir o que não é passível de ser pedido.
Mais cedo ou mais tarde, teremos que avançar com a decisão correcta e, ela tem de ser nossa e só nossa e quanto mais rápida for mais cedo nos livramos dos efeitos de não a tomarmos.
Assim ser feliz ou infeliz vai muito do que queremos para nós. Em todas as fases do processo de decisão.
Decidir que precisamos de sorrir, decidir que queremos rir, rir e por ultimo, olhar para trás e dar um gargalhada cheia de vontade.

Não, não é fácil. Mas de uma coisa tenho a certeza, para aprender é preciso por em prática e posto na prática percebemos que custa menos, mas muito menos mesmo do que pensar em faze-lo.

Sempre ouvi dizer que quem pensa não faz, porque pensar implica esmiuçar a situação, perceber os prós e os contras, as coisas boas e coisas más, as que fazem sofrer e as que nos fazem dar um sorriso mesmo doendo, fora aquelas que só implicam coisas más numa primeira fase. Não é animador. Mas é necessário avançar.

E, nada melhor do que perceber, que apesar de tudo se pode e deve continuar a sorrir, mesmo que se tenha o coração apertado de dor. Um dia a dor passa e fica a áurea do sorriso que se teve.
Vivo com o coração cheio de sentimento, mas com o a mente cheia de pesadelos. 
Deixo então tudo seguir ...pois cabe a mim decidir.