Pensamentos: PARTE III (ultimo)
- 15:51
- by
- Ruben Brito
Paro por segundos e analiso toda a minha vida, comparo como o mundo ao meu redor fosse uma desarrumação enorme que precisava de uma grande limpeza, como se tudo o que ficou para trás tivesse alguma culpa, como se toda essa gente que passou por aqui se importasse com a minha vida. E o pior é que eu acho sempre que tenho razão nas coisas, que penso nas coisas que falo. Porque na minha opinião, quando algo faz sentido há uma explicação por trás de uma razão apresentada. Eu tentava sempre encontrar uma solução no meio disso tudo, mas achava que não tinha como encontrar todas as respostas sozinho, mas enganei-me. Cheguei a achar que todas essas coisas eram injustas, vazias e cheias de versões e inversões.
Uma tal raiva aparente que me pegava totalmente desprevenido e sóbrio, que me deixava tonto e perdido. Às vezes eu chegava a ser agressivo, um pouco irônico um tanto rude e frio, mas por dentro era totalmente delicado e despreparado para todas as situações que ocorriam na minha vida. Estava farto daquelas coisas que as pessoas não dão valor e ficam escondidas por trás de uma armadura que dificilmente conseguem sair . Na minha mente eu não conseguia entender o que verdadeiramente eu andava a procura, o que realmente as pessoas queriam de mim. Acabei por descobrir que a falta de algumas delas eram a liberdade que tanto sonhava.
De outras coisas eu ainda me pergunto o porquê de tanta insensibilidade. Tentei encontrar mil desculpas para o comportamento imbecil das pessoas que eu amava. Foi então que resolvi encarar a realidade e me livrar de tudo que não me fazia bem. E percebi que arrancaram o melhor de mim e devolveram-me doses exageradas de dor, raiva e todos os despredicios que não lhes faziam falta. Sentia-me abandonado, mas isso fez-me descobrir que tudo na vida não vale a pena se não desfrutarmos da nossa própria companhia. Sem querer aprendi as vantagens de ser só e nisso temos que ser apenas nós e deixar os outros serem os outros.