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Algo que não se Esquece

"O Amor conquistado As Batalhas vencidas A tristeza perdida

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Será uma vida de batalha


Eu sei que sou uma pessoa intensa. Tudo é enorme, cheio, lindo ou pequeno e muito feio.
Eu sei! Sufoco de tanto gostar e sufoco quem tanto gosto.
Corro. Tenho pressa de dar e tenho pressa de chegar e, Também corro porque tenho pressa de ter e tenho pressa de ser, Mas corro, essencialmente porque tenho pressa de amar e ser amado.
Dou o que nunca deveria dar e exijo o não exigível Mas é o que me faz sentido.
Entrega, é entrega total. É um tudo ou nada! Saudável? Percebo que não!
Quem dá envolve-se, cuida, protege, baixa a cabeça, cede, fica pequeno e frágil, submete-se.
Por isso quem dá espera, quem dá exige e, muitas vezes em silêncio. Quem recebe raramente devolve. Quem recebe, incha, acha-se grande, superior.
Assim, e como qualquer outro animal, quem é pequeno e frágil, é vulnerável e passível de ser atacado, quem é forte e grande, por principio, ataca.
Não são precisas grandes armas, as palavras  ou a falta delas são, por vezes, as mais incisivas, agressivas e poderosas. Mas quantas vezes não são posicionamentos, olhares, meras marcações de espaço ou o tão famoso à vontadinha. Existe também o desprezo, a indiferença... coisas que não são coisa nenhuma mas que ferem de morte.
É só no momento do ataque que se toma consciência que convém levantar alguns escudos e... lá se vai a espontaneidade, a naturalidade o saudável, o bom, o bonito, o melhor, aquela cena do “quem gosta dá”.
Começa lentamente o esforço de levar às costas o outro lado do que que se deu. O que era ar vira aos poucos chumbo.
Curto e grosso e sem qualquer emotividade à mistura, falamos de dominância. 
Quem domina, sobrevive.
São instintos básicos de sobrevivência, acordar, correr, atacar e defender.
Teremos que viver com isso, nos proteger com isso.
Será uma vida de batalha, uma vida de luta.

"Escrevo porque não sei falar do que vejo, não sei explicar o que oiço, não sei dramatizar o que sinto. Escrevo porque ainda tenho calafrios no coração, porque perdi a ilusão, escrevo porque desisti de falar o que a boca não consegue dizer. Escrevo porque nada me resta, escrevo porque me faz viver.."