Eu dou, tu das, eu sou, tu és
- 15:10
- by
- Ruben Brito
Não há gostar nem meio gostar, é tudo uma questão de jogo. Um jogo complicado que aumenta a adrenalina e mexe com os egos.
Um jogo de quem precisa, porque sim, sentir-se vivo.
A vida é assim.
São energias que se têm de libertar, são químicas que nos agitam, são vontades que surgem do nada e do nada se erguem e crescem. Quando as alimentamos, viciam. Pede-se mais e mais, deixando-nos vulneráveis e frágeis.
Tudo tem um inicio. Quem colhe come, quem é colhido é comido. Não sei se isto tem alguma lógica, o facto é que o fruto tem de ser colhido e ou é comido ou apodrece. E quem vai escolher escolhe o que está maduro, o que está bonito ou o que lhe está mais a mão.
É uma visão um tanto ou quanto perturbadora, fria e e talvez um bocado injusta mas não deixa de a ser.
De vez em quando existe uma visão sonhadora, poética, sentimental, lamechas como a iteração borboleta/flor. Simbioses perfeitas, em que cada um dá o que tem de melhor ao outro, ficando os dois intactos e felizes. Eu dou, tu das, eu sou, tu és. Ambos sabem o que esperar, vivem para esse momento e por esse momento.
Apenas deixamos ir, assim como eu deixo que vá..